quarta-feira, 22 de maio de 2013

Momentos


Há dias que perdemos a razão,
perdemos com o olhar.
Dias que perdemos o poder de reação,
perdemos sem demonstrar.

Há dias que queremos esquecer.
Queremos nunca ter tido.
Há dias que queremos perder.
Queremos nunca sequer ter entendido.

Mas e quando já foi entendido,
o tempo cura o perdido?
Ainda que já seja passado,
o tempo conserta o errado?

Quero um dia ficar feliz com incertezas,
com um caos melancólico e louco.
Mas por hora me deixe acomodado mais um pouco.
E me traga minhas malditas cervejas!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aurora da minha vida, que os anos não trazem mais... ou trazem

Lembro com saudade dos antigos jogos Pokémon pra Game Boy. Lembro até hoje que o primeiro que joguei foi o Blue, na 4ª série, 1999 – lembro sempre da série primeiro, depois faço as contas e vejo que ano era isso. O colega Felipe Potranca me conseguiu em disquete – porra, disquete! Essa merda nem existe mais –, dizendo que era a versão Yellow. Na verdade, ele trocou as bolas, ia dar a Yellow pra mim e a Blue pro primo dele, mas acabou fazendo o contrário. Whatever, meu batismo de fogo foi no Pokémon Blue. De fogo mesmo, porque escolhi o Charmander como pokémon inicial (héhé) (Charmander é um pokémon do tipo fogo, meninas – já podem rir da piada agora). Joguei louca e viciadamente por algumas horas, até chegar quase em Cerulean City (cidade da Misty, segundo ginásio, depois do Brock). Nisso minha mãe reclamou que eu passei tempo demais no computador – início do vício detected –, e poucos dias depois, meu pai reclamou que o PC andava lento. Botaram a culpa no jogo e num suposto vírus trazido pela porra do disquete. Resultado: PC formatado e jogo perdido :(

Abertura do Pokemon Blue. Good old times.
Tempos depois, até onde lembro, já me virava bem na internet – the rise of a nerd – e baixei a versão Yellow. Foi essa que joguei até o fim. E era a melhor delas! Só nelas podíamos jogar como Ash Ketchum – embora o Ash fosse péssimo treinador (QUEM DIABOS NÃO QUER QUE O PIKACHU EVOLUA? GRUDA A PEDRA NO RATO, PORRA). Mas confesso que fiquei um pouco decepcionado. Quando me falaram que o Pikachu ficava te seguindo no jogo, achei que o Brock e a Misty também fossem me seguir depois que eu vencesse eles (estilo Jesus, passando pelas cidades e angariando discípulos, lol). Obviamente, eu os venci e eles ficaram ali parados. Sad.

E os mitos? Ah, os mitos! Acho que era isso que eu mais gostava no jogo. Ouvir aquelas histórias mirabolantes contadas nos corredores da escola, ou lidas na misteriosa internet (internet em 1999 era uma terra desconhecida e inexplorada, repleta de perigos e aventuras – daria um bom Globo Repórter). Um pokémon misterioso que ninguém tinha, só o seu colega – mas ele também não queria mostrar, porque era raro demais (e a piazada acreditava nessa lorota). Ou aquele jeito de pegar o Mew, indo em direção ao S.S. Anne (navio), atravessar o mar e chegar em terra firme, onde havia um CAMINHÃO – sim, um caminhão! Não tinha outro em todo o maldito jogo, só nessa parte, e na verdade não servia PRA NADA (maior trollagem que programadores já aplicaram em um jogo). Fizeram uma legião de piás de palhaços, já que ninguém sabia POR QUE aquele negócio estava ali parado (como ninguém sabe até hoje – isso sim é um barato! Mais importante que a existência de vida na Terra, ainda discutem o CAMINHÃO em fóruns da internet). Enfim, aquilo não funcionava. Como não funcionavam as outras várias informações que circulavam sobre o jogo na internet. Tipo aquela “capture o pokemon X, troque por Y na Rota 9, vença a Elite Four 99 vezes e vá para Pallet. Fale com o Professor Carvalho e ele te dará um Yoshi” (sim, juro que li isso uma vez – a fonte? Site fundo vermelho e letra Comic Sans amarela do Geocities – credibilidade em primeiro lugar). Ao fim e ao cabo, a única manha que funcionava era aquela do MISSIGNO – Missiiigno! Sim, aquele pokemon todo bugado –, pra multiplicar master bolas ou os RARE CANDY. Ou ainda, pra multiplicar os NUGGET – aqueles que não serviam pra nada além de serem vendidos por $ 5.000,00 – tipo tomate hoje em dia.

Yoshi na pokeagenda do jogo. Sim, eu acreditei. Podem rir agora.
Uau. Um caminhão!











Ah! Tinha também o mito do PIKABLU, que seria a evolução do Pikachu, porém do tipo água. Meia-verdade, pois o pokémon realmente existiu nas versões posteriores do jogo, mas o nome verdadeiro era Marill e não tinha nada a ver com o Pikachu, só a aparência.

O legendário Pikablu. Depois, Marill.
Enfim, tudo isso pra dizer que: o jogo fez parte da minha infância! Ainda que eu adoraria ter evoluído meu Pikachu com a Pedra do Trovão, mas nunca foi possível. Obrigado, programadores!

Pikachu recusa a pedra. #PikachuConsciente #CraqueNemPensar

sábado, 6 de abril de 2013

Sobre


Amizade, encontros e desencontros. Jogos de azar, bebedeiras e noites tediantes. Noites de verão. Estamos juntos há muito tempo.

Continue assim.